Conflito conjugal

Ajudar cada parceiro no casamento a sentir que está sendo ouvido e compreendido pode ser tão importante quanto qualquer conselho que você ofereça. Ao conversar com os cônjuges, certifique-se de demonstrar amor e empatia como o Salvador faria. Em espírito de oração, você pode fazer perguntas a cada cônjuge como as seguintes de uma maneira gentil e amorosa para ajudá-lo a observar e entender melhor a situação e identificar as necessidades. Esteja disposto a reservar tempo para simplesmente ouvir.

• O que você está enfrentando neste momento?

• Qual é sua maior preocupação com relação a seu casamento?

• Como se sente a respeito de seus convênios matrimoniais?

• Você foi sincero ou está disposto a ser para conversar sobre esse problema com seu cônjuge?

• Você está sendo o tipo de pessoa e de cônjuge que deseja ser?

• O que você está fazendo para melhorar seu relacionamento com o Pai Celestial?

• Como você pode estar contribuindo para o conflito em seu relacionamento?

• Que princípios do evangelho podem oferecer soluções para o problema?

• O que você está disposto a fazer para ajudar a resolver o problema?

• O que você precisa para perdoar ou ser perdoado em seu relacionamento?

• Quais fontes de apoio ou outros recursos você tem para ajudá-lo?

• O que você pode fazer para se voltar ao Salvador Jesus Cristo e ter acesso ao poder de Sua graça?

Ao ajudar o casal, assegure-se de que entendam a responsabilidade deles de encontrar soluções para seus problemas. Expresse adequadamente seu amor e sua preocupação pelo casal ao ponderar algumas das sugestões a seguir.

Ressalte a responsabilidade individual que cada parceiro tem com o relacionamento conjugal. Os cônjuges que fazem uma autoavaliação de comportamento honesta, dando prontamente os passos necessários para se arrepender e melhorar, podem experimentar a cura em seu casamento.

• Ajude cada cônjuge a reconhecer que ninguém pode mudar o outro, mas, com fé, esforço e ajuda de Deus, cada pessoa pode experimentar sua própria vigorosa mudança de coração.

  Incentive cada cônjuge a evitar fazer exigências, falar com superioridade moral ou tentar provar algo.

  Ajude cada cônjuge a pensar em como o outro pode estar se sentindo no relacionamento e a trabalhar para desenvolver empatia. Peça-lhes que falem sobre suas dificuldades juntos.

Ajude o casal a refletir sobre o que pode ter contra o outro cônjuge que precisa ser deixado de lado.

Assegure-se de que cada cônjuge se sinta seguro o suficiente para falar abertamente sobre o conflito conjugal. Às vezes, um cônjuge pode se retrair em vez de se envolver diretamente por não se sentir física ou emocionalmente seguro.

• Ajude cada cônjuge a compreender que pode receber inspiração sobre como estabelecer limites claros no relacionamento conjugal e no lar.

• Deixe claro que cada cônjuge é responsável somente por seu próprio comportamento e que não deve sofrer maus-tratos.

• Se você ficar sabendo de algum abuso, entre em contato com as autoridades civis. Uma central de ajuda também está disponível para o bispo. Consulte o recurso Abuso (Auxílio à vítima) e o recurso Abuso (Auxílio ao ofensor).

Se os casais precisarem de mais ajuda, incentive-os a receber ajuda profissional juntos sempre que possível para evitar mal-entendidos entre eles e incentivar a total honestidade.

Os conflitos conjugais afetam todos os membros da família. Determine o impacto do conflito em outros familiares e aborde questões relevantes resultantes do conflito.

Apoie padrões saudáveis de comunicação (ver “Comunicar-se com amor”, Fortalecer o Casamento: Guia de Recursos para Casais, 2006, p. 7).

• Ajude o casal a reconhecer e mudar os padrões de comunicação negativos e destrutivos, como criticar ou tratar um ao outro com desrespeito.

• Incentive os cônjuges a ser rápidos em perdoar e procurar o perdão um do outro.

• Ajude os casais a usar frases na primeira pessoa, como “eu”, em vez de “você”, pressupondo julgamento. Por exemplo: “Sinto insegurança e acho que não sou amado quando não ouço você dizer que me ama” em vez de “Você não me ama”. Ou “Sinto como se estivesse sempre abaixo de suas expectativas” em vez de “Você me faz sentir como se fosse incapaz de fazer qualquer coisa direito”.

Aconselhe o marido e a mulher a tratar um ao outro como parceiros iguais.

• Incentive os cônjuges a serem honestos, abertos e respeitosos um com o outro.

• Incentive o marido e a mulher a compartilhar e dar acesso a informações relevantes e importantes.

• Incentive-os a serem unânimes nas decisões como casal.

• Incentive os cônjuges a evitar práticas culturais ou históricas em que um dos cônjuges domina ou trata o outro de qualquer forma como um parceiro inferior no casamento. Essas práticas são contrárias aos princípios do evangelho e os cônjuges devem substituí-las por padrões corretos de comportamento.

Ajude o casal a avaliar seus padrões de fé, limites familiares e outras práticas.

• Converse sobre a frequência da família nas reuniões da Igreja, a reunião familiar semanal, as orações pessoais e familiares, o estudo das escrituras e as refeições familiares.

• Converse sobre como o uso da mídia e dos dispositivos eletrônicos pode afetar o relacionamento do casal.

• Aconselhe o casal a estabelecer limites de uso dos meios de comunicação, das mídias sociais e de dispositivos eletrônicos. Incentive os parceiros a compartilhar as senhas, a manter o uso da mídia social com transparência e evitar qualquer segredo na internet.

• Incentive cada cônjuge a evitar se associar com outras pessoas de maneira que possa trair a confiança sagrada de seu parceiro ou ter a aparência de coisas impróprias.

Se houver crianças na família, elas podem sentir estresse e ansiedade em relação ao relacionamento dos pais. Ajude-as com os desafios que possam estar enfrentando.

• Ajude os casais a entender o impacto que as divergências e os conflitos têm sobre seus filhos.

• Incentive o casal a reconhecer de maneira adequada para seus filhos qualquer conflito conjugal intenso; isso ajudará a garantir que os filhos não terão que lidar com os efeitos do conflito por conta própria.

• Peça aos cônjuges que conversem com cada filho individualmente, usando termos apropriados para a idade, sobre o que estão fazendo para resolver o conflito.

• Se você ficar sabendo de abuso infantil ou violência doméstica, entre em contato imediatamente com as autoridades civis. O bispo também tem uma central de ajuda que ele pode usar para pedir auxílio nessas situações.

Peça ao casal que identifique os recursos existentes que poderiam ajudá-los a melhorar o relacionamento um com o outro e com seus filhos.

• Peça ao casal que faça uma lista de talentos, habilidades, relacionamentos, recursos, membros da família e de outras fontes a que o casal pode recorrer para resolver o conflito conjugal.

• Aconselhe o casal a evitar recrutar recursos ou pessoas para apoiar um lado do conflito ou uma discussão específica.

Depois de obter a permissão do casal para conversar sobre esse assunto com outras pessoas, você pode pedir aos líderes da ala ou outras pessoas de confiança que deem apoio, orientação e assistência contínuos.

Considere a possibilidade de criar classes adicionais fora das reuniões da Igreja ou fazer com que um mentor se reúna individualmente com o casal usando os cursos e os materiais dos cursos Fortalecer o Casamento e Fortalecer a Família.

Sob a orientação do bispo, identifique um casal de confiança que poderia ser o mentor e dar apoio a esse casal. O ideal é que esse casal de mentores tenha enfrentado com sucesso um desafio semelhante, embora qualquer casal, espiritualmente maduro e compassivo, possa dar esse apoio.

Leve em consideração também a possibilidade de encaminhar o casal para receber ajuda ou aconselhamento profissional. Identifique recursos locais que ofereçam serviços que estejam em harmonia com os princípios do evangelho.

• Os Serviços Familiares (onde disponíveis) podem prestar consultoria e oferecer sugestões aos líderes sobre recursos em sua comunidade.