Atração por Pessoas do Mesmo Sexo

ÉLDER DALLIN H. OAKS
do Quórum dos Doze Apóstolos

Dallin H. Oaks

Este artigo foi publicado originalmente na revista A Liahona de março de 1996.

Deus criou-nos como homem e mulher. O que chamamos de sexo masculino ou feminino é uma característica essencial de nossa existência, desde antes do nascimento.

Todo santo dos últimos dias sabe que Deus proíbe qualquer relação sexual fora dos laços do matrimônio. A maioria também conhece o ensinamento do Salvador de que aquele que atentar numa mulher para cobiçá-la já está pecando (ver Mateus 5:28; D&C 42:23; D&C 63:16).

A atração que o homem e a mulher sentem um pelo outro foi instilada pelo Criador a fim de garantir a perpetuação da vida mortal e unir o marido e a mulher no ambiente familiar por Ele ordenado para o cumprimento de Seus propósitos, que incluem a criação dos filhos. Por outro lado, a violação dos mandamentos de Deus no tocante ao uso do poder de procriação é um grave pecado. O Presidente Joseph F. Smith ensinou:

“A união sexual é legítima no matrimônio e, caso seja realizada com a intenção correta, é honrosa e santificadora. Mas fora dos laços do casamento, a indulgência sexual é um pecado degradante e abominável à vista de Deus”. 1

Alguns santos dos últimos dias estão às voltas com o sofrimento e a confusão que resultam quando um homem ou uma mulher se envolve em conduta sexual com uma pessoa do mesmo sexo, ou mesmo quando uma pessoa tem sentimentos eróticos que conduzem a esse tipo de comportamento. Como devem agir os líderes da Igreja, os pais e os demais membros da Igreja ao defrontarem os problemas religiosos, emocionais e familiares que acompanham esse tipo de comportamento ou de sentimentos? O que dizer a um jovem que confessa sentir atração ou ter pensamentos e sentimentos eróticos por pessoas do mesmo sexo? Como responder a uma pessoa que declara ser homossexual ou lésbica e afirma existirem evidências científicas “provando” ter nascido assim? Como reagir à acusação de sermos intolerantes e cruéis, feitas por pessoas que não compartilham de nossas crenças, ao insistirmos que os sentimentos eróticos por pessoas do mesmo sexo são anormais e que qualquer comportamento sexual dessa natureza é pecaminoso?

Doutrinas do Evangelho

Nossa atitude com relação a essas questões é ditada por doutrinas do evangelho que sabemos ser verdadeiras.

  1. Deus criou-nos como “homem e mulher” (D&C 20:18; Moisés 2:27; Gênesis 1:27). O que chamamos de sexo (masculino ou feminino) é uma característica essencial de nossa existência, desde antes do nascimento. 2
  2. O propósito da vida mortal e a missão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias consistem em preparar os filhos e filhas de Deus para seu destino de tornarem-se semelhantes a seus pais celestiais.
  3. Nosso destino eterno, a exaltação no reino celestial, somente se tornou possível graças à expiação de Jesus Cristo (por meio da qual nos tornamos e permanecemos “inocentes diante de Deus” [D&C 93:38]) e apenas será alcançado pelo homem e a mulher que realizarem o convênio do casamento eterno, num templo de Deus, e permanecerem fiéis a esse convênio (ver D&C 131:1–4; D&C 132).
  4. Por intermédio do plano misericordioso de nosso Pai Celestial, todos os que desejarem fazer o que é certo, mas, por motivo alheio à sua vontade, não puderem realizar o convênio do casamento eterno na vida mortal, terão a oportunidade de qualificar-se para a vida eterna em época posterior à mortalidade, se guardarem os mandamentos de Deus e forem fiéis aos convênios batismais e a todos os outros convênios.3
  5. Além do efeito purificador da Expiação, Deus concedeu-nos o arbítrio—o poder de escolher entre o bem (o caminho da vida) e o mal (o caminho da morte espiritual e da destruição [ver 2 Néfi 2:27; Moisés 4:3]). Apesar de certas condições da mortalidade restringirem nossa liberdade (como, por exemplo, limitações de mobilidade ou a impossibilidade de modificarmos certas situações), nenhum poder mortal ou espiritual poderá privar-nos de nosso arbítrio, depois que alcançarmos a idade ou a capacidade de responder por nossas ações (ver Morôni 8:5–12; D&C 68:27; D&C 101:78).
  6. Para cumprir um dos propósitos da vida mortal, é essencial que sejamos submetidos ao teste da oposição, a fim de mostrar que guardaremos os mandamentos de Deus (ver 2 Néfi 2:11;Abraão 3:25–26). Para haver essa oposição, foi permitido que Satanás e seus seguidores nos tentassem a fazer mau uso de nosso arbítrio e liberdade, instigando-nos a escolher o mal e a cometer pecados.
  7. Como Satanás deseja “tornar todos os homens tão miseráveis como ele próprio” (2 Néfi 2:27), ele se esforça ao máximo para incentivar decisões e ações que frustrem o plano de Deus para Seus filhos. Satanás procura desacreditar o princípio da responsabilidade individual, incita-nos a fazer mau uso do sagrado poder de procriação, desencoraja homens e mulheres dignos a casarem-se e a gerarem filhos e procura confundir o conceito de homem e mulher.
  8. Desse modo, o diabo, que não tem corpo, procura instigar os mortais a corromperem o corpo que possuem e a “[escolherem] a morte eterna, conforme a vontade da carne (…) que dá ao espírito do diabo poder para escravizar, para [levá-los] ao inferno, a fim de reinar sobre [eles] em seu próprio reino” (2 Néfi 2:29).
  9. A Primeira Presidência declarou que “existe uma diferença entre [1] pensamentos e sentimentos imorais e [2] participação em conduta heterossexual ou homossexual imoral”. 4 Apesar de os pensamentos impróprios serem menos graves que a conduta imoral, esses pensamentos também precisam ser combatidos e exigem arrependimento, pois sabemos que “nossos pensamentos também nos condenarão” (Alma 12:14). Os pensamentos imorais (e os sentimentos menos graves que nos levam a ter esses pensamentos) podem induzir-nos a um comportamento pecaminoso.
  10. Por causa do grande amor que Deus tem por Seus filhos, mesmo o pior dos pecadores (ou a maioria deles) será recompensado com um reino de glória, no final. 5 As pessoas que viveram dignamente e cumpriram a maior parte das ordenanças de salvação, mas não se qualificaram para a exaltação por meio do casamento eterno, serão salvas num dos níveis inferiores do reino celestial, no qual não haverá descendência eterna (ver D&C 131:1–4).
  11. Em meio a todos os desafios e decisões da vida mortal, temos a obrigação de cumprir o mandamento que o Salvador nos deu de “amar uns aos outros” (João 15:12, 17). Conforme declarou a Primeira Presidência em recente mensagem:

“Fomos instados a ser mais bondosos uns para com os outros, mais gentis e mais capazes de perdoar. Foi-nos pedido que não nos iremos com facilidade e que estejamos mais dispostos a ajudar. Espera-se que estendamos a mão da amizade e resistamos ao desejo de vingança. Devemos ser verdadeiros discípulos de Cristo, amar-nos uns aos outros com amor genuíno, pois foi assim que Cristo nos amou.” 6

A bondade, a compaixão e o amor são instrumentos vigorosos, que nos dão forças para carregar os pesados fardos que nos foram impostos e fazer o que sabemos ser correto.

Aplicação das Doutrinas e Responsabilidades

Essas doutrinas, mandamentos e responsabilidades nos orientam ao respondermos às perguntas levantadas no início deste artigo.

Nossas doutrinas obviamente condenam os que participam das assim chamadas “agressões homofóbicas”—agressões verbais ou físicas a pessoas supostamente envolvidas em comportamento homossexual ou lésbico.

Devemos amar e ajudar as pessoas enfermas, mesmo aquelas que foram infectadas pelo HIV ou que estão com AIDS (as quais podem ter ou não contraído a doença por meio de relação sexual). Devemos incentivar essas pessoas a participarem das atividades da Igreja.

Usando a distinção feita pela Primeira presidência quanto ao relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, devemos diferenciar os (1) “sentimentos e pensamentos” homossexuais ou lésbicos (que precisam ser coibidos e reorientados) da (2) “conduta homossexual” (que é um pecado grave).

Devemos lembrar-nos de que as palavras homossexual, lésbica e gay são adjetivos que descrevem pensamentos, sentimentos e comportamento específicos. Não devemos utilizar essas palavras como substantivos que designam uma condição ou pessoa em particular. Nossa doutrina religiosa assim determina. É errado usarmos essas palavras para designar uma condição, porque isso implica um modo de ser imposto à pessoa por ocasião de seu nascimento que a priva de qualquer escolha com relação à questão vital da conduta sexual.

Os sentimentos são uma questão à parte. Alguns sentimentos parecem ser inatos. Outros decorrem de experiências da mortalidade. Existem também aqueles que resultam de uma interação complexa entre “natureza e criação”. Todos temos sentimentos que não escolhemos ter, mas o evangelho de Jesus Cristo ensina que possuímos a capacidade de vencer esses sentimentos e mudá-los, quando necessário, para que não nos induzam a um comportamento pecaminoso ou a pensamentos impróprios.

As pessoas não são iguais: temos características físicas distintas e diferente suscetibilidade com relação às pressões do meio em que vivemos na infância e na vida adulta. Não escolhemos essa suscetibilidade pessoal, mas podemos decidir a atitude, as prioridades, o comportamento e o “estilo de vida” dela decorrentes, sendo nós responsáveis por tais escolhas.

Para entendermos nossa postura doutrinária quanto a esse assunto, é essencial que compreendamos a diferença entre liberdade e arbítrio. A liberdade pode ser limitada por várias condições da mortalidade, mas o dom divino do arbítrio não pode ser limitado por forças externas, pois dele depende nossa responsabilidade perante Deus. Podemos ilustrar a diferença entre liberdade e arbítrio imaginando uma progressão que se inicia no sentimento, passa pelo pensamento, transforma-se em comportamento e termina na dependência. Podemos observar essa progressão em várias questões, como nos jogos de azar, no alcoolismo e no tabagismo.

Assim como diferem em sentimentos, certas pessoas aparentam ser extremamente suscetíveis a determinadas ações, reações ou dependências. É possível que essa suscetibilidade seja inata ou adquirida sem qualquer culpa ou opção pessoal, tal como a aflição que o Apóstolo Paulo chamou de “um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar” (II Coríntios 12:7). Determinada pessoa pode, por exemplo, ter sentimentos que a predisponham ao jogo, mas em vez de fazê-lo esporadicamente, passa a apostar de modo compulsivo. Outra pessoa pode sentir prazer em fumar, tendo a propensão de viciar-se no cigarro. Outra pode sentir uma atração incomum por bebidas alcoólicas, sendo facilmente induzida ao alcoolismo. Outros exemplos podem incluir um temperamento violento, um caráter briguento, uma atitude invejosa, etc.

Em cada caso (e em outros exemplos semelhantes), os sentimentos e outras características que propiciam determinado tipo de comportamento podem estar, de alguma forma, ligados à hereditariedade. Essa ligação, contudo, é provavelmente bastante complexa. O fator herdado pode tratar-se apenas de uma tendência maior a desenvolver certos sentimentos, caso a pessoa venha a encontrar determinadas influências durante os anos de formação. Independentemente de nossas diferentes suscetibilidades ou vulnerabilidades, que representam apenas variações de nossa liberdade mortal (na mortalidade somente “somos livres segundo a carne” [2 Néfi 2:27]), continuamos responsáveis pelo exercício de nosso arbítrio nos pensamentos e na conduta que escolhemos. Mencionei essa diferença em um discurso que fiz na Universidade Brigham Young, há vários anos.

“A maioria de nós nasce com [ou desenvolve] espinhos na carne; alguns mais visíveis ou mais graves que outros. Aparentemente todos temos alguma tendência a desenvolver este ou aquele distúrbio; mas sejam quais forem nossas suscetibilidades, temos o desejo e o poder de controlar nossos pensamentos e ações. É assim que deve ser. Deus declarou considerar-nos responsáveis pelo que fazemos e pensamos; consequentemente, nossos pensamentos e ações devem ser controlados por nosso arbítrio. Ao alcançarmos a idade ou a capacidade de responder por nossas ações, a alegação de que ‘nasci assim’ não justifica atos ou pensamentos não condizentes com os mandamentos de Deus. Precisamos aprender a viver de modo a não sermos impedidos de alcançar nosso destino eterno por causa de uma fraqueza da mortalidade.

Deus prometeu que consagraria nossas aflições para nosso benefício (ver 2 Néfi 2:2). Os esforços despendidos no combate a qualquer fraqueza herdada (ou desenvolvida) edificam um vigor espiritual que nos acompanhará por toda a eternidade. Por esse motivo, quando Paulo orou três vezes para que seu ‘espinho na carne’ fosse retirado, o Senhor respondeu: ‘A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Obedientemente, Paulo declarou:

“‘De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.

Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte’” (II Coríntios 12:9–10).

Sejam quais forem nossas suscetibilidades ou tendências [sentimentos], elas não nos podem sujeitar a consequências eternas, a menos que exerçamos nosso arbítrio para fazer ou imaginar coisas proibidas pelos mandamentos de Deus. Por exemplo: uma pessoa com tendência ao alcoolismo não dispõe da liberdade de tomar bebidas alcoólicas sem que se torne dependente, mas seu arbítrio lhe permite abster-se, escapando assim da debilitação física causada pelo álcool e da deterioração espiritual causada pelo vício.

(…) Tomem cuidado com o argumento de que a pessoa com forte propensão a cometer determinado ato não possui capacidade de escolha, não podendo, portanto, ser responsabilizada por suas ações. Essa alegação contraria as mais fundamentais premissas do evangelho de Jesus Cristo.

Satanás deseja fazer-nos acreditar que não somos responsáveis por nossos atos nesta vida. Esse era o resultado por ele almejado ao lançar seu desafio na pré-existência. Aquele que insiste em declarar que não é responsável pelo exercício de seu arbítrio, por ter ‘nascido assim’, ignora o resultado da guerra nos céus. Somos responsáveis, mas quando insistimos no contrário, nossos esforços se tornam parte do trabalho de propaganda do adversário.

A responsabilidade individual é a lei da vida. Aplica-se tanto à lei dos homens quanto à lei de Deus. A sociedade considera-nos responsáveis pelo controle de nossos impulsos a fim de podermos viver numa sociedade civilizada. Deus considera Seus filhos responsáveis pelo controle dos próprios impulsos, para poderem guardar os mandamentos e alcançar seu destino eterno A lei não inocenta o indivíduo com pouca paciência, que cede ao impulso de dar um tiro naquele que o atormenta, nem o ganancioso que cede ao impulso de roubar, nem o pedófilo que cede ao impulso de satisfazer seu desejo sexual por crianças. (…)

Existem muitas coisas que desconhecemos a respeito da extensão de nossa liberdade, tendo em vista os diversos espinhos na carne que nos afligem na mortalidade. Sabemos, porém, o seguinte: todos temos o arbítrio, e Deus nos considera responsáveis pelo modo como o utilizamos em pensamentos e ações. Isso é algo fundamental.”7

As Descobertas da Ciência

Em oposição à nossa abordagem doutrinária, muitas pessoas encaram o problema da atração entre pessoas do mesmo sexo apenas do ponto de vista científico atual. Mesmo não sendo qualificado como cientista, com ajuda de publicações científicas e do conselho de cientistas e especialistas qualificados, tentarei refutar a alegação de que algumas descobertas científicas comprovam que homossexuais e lésbicas assumidos já “nasceram assim”.

Vivemos numa época de crescentes descobertas científicas a respeito do corpo humano. Sabemos que a hereditariedade explica muitas de nossas características físicas. Por outro lado, também sabemos que nosso comportamento é profundamente influenciado por fatores psicossociais, tais como o relacionamento com nossos pais e irmãos (especialmente durante os anos de desenvolvimento) e o meio cultural em que vivemos. Debate-se já há séculos se determinados comportamentos específicos podem ser atribuídos à “natureza” ou à “criação”. A questão dos sentimentos e do comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo é apenas um dos aspectos de um tema extremamente complexo, no qual a ciência ainda está engatinhando.

Alguns cientistas negam que o comportamento seja geneticamente determinado. 8 Outros defendem evidências e teorias que sugerem “existir provas patentes de que a genética influi na orientação sexual”. 9

Sabemos haver evidências de que a hereditariedade explica a suscetibilidade a certos tipos de câncer e outras doenças, como o diabetes mellitus. Existem também teorias e algumas evidências de que a hereditariedade seria parcialmente responsável pela tendência a diversos distúrbios de comportamento, como a agressividade, o alcoolismo e a obesidade. É fácil levantar a hipótese de que a hereditariedade também teria papel significativo na orientação sexual. É importante, contudo, lembrarmos o seguinte, conforme admitiram dois defensores dessa teoria: “O conceito de hereditariedade comprovada não deve ser confundido com o conceito de determinismo genético. (…) A maioria dos processos provavelmente envolve uma interação entre predisposições orgânicas e condições ambientais”. 10

A maioria dos cientistas, seja qual for sua postura no espectro que vai da aceitação plena à rejeição total do determinismo biológico, na questão da orientação sexual, admite que as evidências atuais ainda são insuficientes e que as conclusões definitivas devem aguardar novos estudos científicos.

Um estudo envolvendo 56 gêmeos idênticos do sexo masculino, no qual um dos irmãos se declarava “gay”, relatou que, em 52 por cento dos casos, o outro gêmeo declarava o mesmo. 11 Um estudo semelhante feito com gêmeas idênticas mostrou aproximadamente a mesma proporção de irmãs que se classificavam como “gays” (34 de 71 pares, 48 por cento). 12 Se esses estudos demonstraram existir alguma influência hereditária nos fatores, sejam quais forem, que levam uma pessoa a declarar-se homossexual ou lésbica, é evidente que essa influência não é determinante. Nas palavras de um proeminente cientista: “Mesmo o gêmeo idêntico de um indivíduo homossexual tem mais de 50 por cento de probabilidade de tornar-se heterossexual — embora tenha exatamente os mesmos genes e tenha sido criado pelos mesmos pais”. 13 É importante notar que o resultado desses estudos (e outros mencionados abaixo) baseiam-se na classificação que as pessoas dão a si mesmas, o que acrescenta um fator de imprecisão nas conclusões científicas, pois “ainda não existe uma definição universalmente aceita de homossexualismo entre os clínicos e cientistas que estudam o comportamento humano — tampouco existe consenso a respeito de suas origens”. 14

Sempre que se abre um novo campo de estudos, qualquer evidência nova é sempre bem recebida. Em julho de 1993, o Dr. Dean Hamer ganhou as manchetes dos jornais ao anunciar ter encontrado uma “correlação estatisticamente significativa entre a herança do marcador genético [uma faixa identificável de DNA] da região cromossômica Xq28 e a orientação sexual em um grupo seleto de (…) homens homossexuais e seus parentes com mais de 18 anos”. Em outras palavras, “aparentemente o Xq28 contém um gene que influi na orientação sexual dos seres humanos do sexo masculino”. 15 Dando a mais positiva das interpretações à sua descoberta, o segundo livro do Dr. Hamer conclui:

“Podemos apenas fazer suposições reservadas acerca da importância do Xq28 na população geral. Na melhor das hipóteses, essa região não influenciaria mais do que 67 por cento dos homossexuais masculinos, que foi a porcentagem ‘vinculada’ a essa região em nosso grupo altamente seleto de irmãos homossexuais. No outro extremo, caso o homossexualismo seja causado por fatores ambientais ou pela interação de um grande número de genes, o Xq28 somente responderia por uma porcentagem bem pequena dessa variação na orientação sexual dos seres humanos do sexo masculino. Em média, tomando como base os nossos dados e outros estudos realizados com gêmeos e familiares, o Xq28 tem aparentemente alguma influência em cerca de 5 a 30 por cento dos homens homossexuais. A ampla faixa de variação dessas estimativas demonstra que ainda resta muito trabalho a ser feito.” 16

A declaração de que “o Xq28 tem aparentemente alguma influência em cerca de 5 a 30 por cento” dos que se declaram “gays” certamente está longe de justificar a alegação de que a ciência provou que “homossexualismo” é “causado por” herança genética. Um importante cientista identificou duas incertezas:

“A evidência existente até o momento de que fatores biológicos inatos determinariam o homossexualismo apresenta falhas. (…) A conclusão das pesquisas genéticas que visavam demonstrar a hereditariedade do homossexualismo não esclareceu quais seriam os fatores herdados nem como estes influenciariam a orientação sexual”. 17

Em sua excelente reavaliação das teorias biológicas sobre a orientação sexual humana, os Drs. Byne e Parsons, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Colúmbia, forneceram as importantes advertências e explicações que se seguem:

“É imperativo que os clínicos e cientistas que estudam o comportamento humano se deem conta da complexidade dos fatores que influenciam a orientação sexual e moderem sua ansiedade em procurar explicações simplistas, quer psicossociais quer biológicas.

A maioria das teorias a respeito das causas da orientação sexual visivelmente omite o papel ativo exercido pela própria pessoa na formação de sua identidade. (…) Queremos propor um modelo interativo, no qual os genes e os hormônios não determinariam a orientação sexual por si mesmos, mas favoreceriam certos traços de personalidade, influenciando assim o modo como a pessoa interagiria com o meio ambiente durante o desenvolvimento da orientação sexual e de outras características de sua personalidade”. 18

Essa declaração, que é apenas mais uma das sugestões propostas pelos cientistas, é particularmente convincente, pois leva em conta o elemento vital da opção individual, que sabemos ser um princípio verdadeiro de nossa condição mortal.

A Responsabilidade dos Líderes e Membros da Igreja

Em sua carta de 14 de novembro de 1991, a respeito da importância da lei da castidade, a Primeira Presidência declarou: “As relações sexuais são corretas apenas entre marido e mulher, adequadamente expressas dentro dos laços do matrimônio. Qualquer outro contato sexual, inclusive fornicação, adultério e comportamento homossexual masculino ou feminino é pecaminoso.”

Em conformidade com essa orientação, os líderes da Igreja têm a responsabilidade de chamar os transgressores ao arrependimento, lembrando-lhes os princípios ensinados pelo profeta Samuel aos nefitas iníquos: “Durante todos os dias de vossa vida buscastes aquilo que não podíeis obter; e buscastes felicidade na iniquidade, o que é contrário à natureza daquela retidão que há em nosso grande e Eterno Cabeça” (Helamã 13:38).

As pessoas que persistirem em cometer pecados graves não poderão continuar sendo membros da Igreja. Estarão também sujeitas a ações disciplinares àqueles que incentivarem outras pessoas a pecar. Não são aplicadas ações disciplinares da Igreja por pensamentos ou sentimentos impróprios (apesar de sermos aconselhados a dominá-los), mas existem consequências para a conduta indevida. No mesmo sermão em que ensinou que os homens não deveriam ser “expulsos”, o Salvador ordenou a Seus servos: “Não permitireis, sabendo-o, que alguém participe indignamente da minha carne e do meu sangue quando os administrardes. (…) Portanto, se souberdes que um homem é indigno de comer e beber da minha carne e do meu sangue, vós lho proibireis” (3 Néfi 18:28–29). O Salvador também ordenou: “Mas se ele não se arrepender, não será contado com o meu povo, a fim de não destruir meu povo” (3 Néfi 18:31; ver também Mosias 26:36; Alma 5:56–61). Por isso, se os transgressores não aceitarem o chamado ao arrependimento, os pastores do rebanho da Igreja deverão aplicar as medidas disciplinares adequadas, em cumprimento das responsabilidades que Deus lhes confiou.

Por outro lado, devemos distinguir os atos pecaminosos dos sentimentos impróprios ou inclinações potencialmente perigosas. Precisamos ajudar com amor as pessoas que estão lutando para resistir à tentação. A Primeira Presidência fez essa distinção em sua carta de 14 de novembro de 1991. Depois de reafirmar a natureza pecaminosa da “fornicação, adultério e comportamento homossexual masculino ou feminino”, a Primeira Presidência acrescentou:

“As pessoas e familiares que desejarem auxílio nesses assuntos devem aconselhar-se com o bispo, o presidente de ramo, o presidente da estaca ou distrito. Encorajamos os líderes e os membros da Igreja a apoiarem com amor e compreensão os que se debatem com esses problemas. Muitos serão sensíveis ao amor cristão e ao conselho inspirado, ao serem convidados a voltar e a aplicar o poder resgatador e sanador de Cristo. (Ver Isaías 53:4–5; Mosias 4:2–3.)”

De maneira semelhante, num discurso de conferência em que abordava o mesmo assunto, o Presidente Gordon B. Hinckley afirmou: “Quero dizer agora enfaticamente que nossa preocupação com o amargo fruto do pecado está aliada à compaixão cristã por suas vítimas, inocentes ou culpadas. Advogamos o exemplo do Senhor, que condenava o pecado, mas amava o pecador. Devemos estender a mão com bondade e consolo ao aflito, cuidando de suas necessidades e ajudando-o em seus problemas”.19

Apesar de todos esses convites e declarações de apoio, a Igreja e seus membros continuam incompreendidos quanto à nossa posição referente a esses assuntos. Em setembro passado, numa entrevista na televisão, um repórter perguntou a um de nossos líderes da Igreja: “O que tem sido feito na Igreja para reverter o clima de hostilidade contra os homossexuais?” Há nove anos, durante uma entrevista na televisão sobre o mesmo tema, os repórteres me perguntaram se a Igreja ensinava ou insinuava que “essas pessoas seriam uma espécie de párias (…) e que teriam ódio de si mesmas, sendo a Igreja responsável por essa atitude”.

Até mesmo recebemos perguntas dessa natureza de membros fiéis.

Uma carta recente ilustra esse fato:

“Preocupa-nos também o modo como nossos filhos e filhas são classificados como pessoas que praticam atos obscenos e lascivos. Alguns talvez o façam, mas não a maioria deles. Esses rapazes e moças apenas querem viver, ter uma vida espiritual e permanecer próximos da Igreja e de sua família. É especialmente danoso quando esses comentários negativos são feitos do púlpito. Acreditamos que discursos assim apenas aumentam a depressão e o tremendo peso da culpa, vergonha e baixa estima que eles já vêm carregando por toda a vida. Muitas vezes, eles sentem falta da expressão do puro amor de Cristo para ajudá-los a enfrentar suas provações. Agradecemos tudo o que puderem fazer para ajudar esses filhos incompreendidos do Pai Celestial. Se uma Autoridade Geral expressasse maior sensibilidade para com esse problema, isso certamente ajudaria a evitar os suicídios e dissensões que têm ocorrido nas famílias. Muitos simplesmente não conseguem tolerar o fato de serem condenados pelos membros da Igreja, que os julgam ‘pessoas más’, e passam a procurar consolo no estilo de vida homossexual”. 20

Cartas como essa certamente demonstram que precisamos melhorar a comunicação com os irmãos e irmãs que estão enfrentando esse ou qualquer outro tipo de problemas. Todo membro da Igreja de Cristo tem a expressa responsabilidade doutrinária de amar, ajudar e compreender. Os pecadores e aqueles que lutam contra sentimentos impróprios não são pessoas que mereçam ser expulsas, mas, sim, que precisam ser amadas e ajudadas (ver 3 Néfi 18:22–23, 30, 32). Por outro lado, os líderes e membros da Igreja não podem fugir à responsabilidade de ensinar os princípios corretos e a conduta digna (em todos os assuntos), mesmo que isso cause embaraço para alguns.

Pergunta-se muitas vezes aos líderes da Igreja se existe lugar n‘A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para pessoas com inclinações ou sentimentos homossexuais ou lésbicos. É claro que sim. O grau de dificuldade e os passos necessários para abandonar determinado comportamento ou controlar os pensamentos diferem para cada pessoa, mas a mensagem de esperança e a mão de amizade oferecida pela Igreja é a mesma para todos os que se esforçam.

Procurei explicar essa importante diferença em minha resposta ao repórter da televisão que deu a entender que a Igreja ensinava ou insinuava que “essas pessoas seriam uma espécie de párias”. Eu disse:

“A pessoa que se esforça [para resistir] a essas inclinações não deve se sentir um pária. As relações sexuais fora dos laços do matrimônio, contudo, são um assunto inteiramente diverso. Aquele que estiver envolvido nesse tipo de conduta, bem faz em sentir-se culpado. Deve se sentir afastado de Deus, que proibiu esse tipo de comportamento. Não me surpreende que essas pessoas se sintam discriminadas na igreja que frequentam. Surpreende-me, porém, saber que pensem ter a Igreja poder para revogar os mandamentos de Deus. (…) Ao dirigir-se à mulher que foi surpreendida em adultério (um ótimo precedente para essa questão), (…) [o Salvador] foi misericordioso e amoroso (…), mas disse: ‘Vai-te, e não peques mais’. Ele amava o pecador, mas condenava o pecado. Creio que a Igreja faz o mesmo, talvez de modo imperfeito, mas é isto que ensinamos a nossos membros: amem o pecador, abominem o pecado.” 21

A luta daqueles que enfrentam o problema da atração sexual por pessoas do mesmo sexo não é única. Existem muitos tipos de tentações, sejam de natureza sexual ou não. Nosso dever de resistir se aplica a todas as tentações.

A maneira mais importante de a Igreja ajudar as pessoas que cederam ao pecado ou então que se esforçam para vencê-lo é cumprir sua divina missão de ensinar a doutrina verdadeira e administrar as ordenanças divinas do evangelho restaurado. O evangelho se aplica igualmente a todas as pessoas. A principal verdade ensinada pelo evangelho é a expiação e a ressurreição de nosso Salvador, que nos possibilitam ter a imortalidade e a vida eterna. Para esse fim o casamento eterno é a meta prescrita para todo filho de Deus, seja nesta vida ou na vida futura. Essa meta sagrada, porém, deve ocorrer à maneira do Senhor. O Presidente Gordon B. Hinckley, por exemplo, declarou que “não se deve encarar o casamento como medida terapêutica para solucionar problemas como a inclinação ou a prática homossexual”. 22

Por intermédio de Cristo e de Sua Igreja, aqueles que enfrentam dificuldades podem obter ajuda. Essa ajuda vem por meio do jejum e da oração, por meio das verdades do evangelho, da frequência às reuniões e do serviço na Igreja, por meio do conselho de líderes inspirados e, quando necessário, do auxílio de profissionais para problemas que assim o exigirem. Outra importante fonte de ajuda é a influência fortalecedora de irmãos e irmãs amorosos. Todos devemos compreender que as pessoas (e os familiares) que se debatem com o problema da atração entre pessoas do mesmo sexo precisam muito do amor e do incentivo que são responsabilidade expressa de todos nós, membros da Igreja, uma vez que sacramentamos, em convênio, a disposição de “carregar os fardos uns dos outros” (Mosias 18:8) “e assim [cumprir] a lei de Cristo” (Gálatas 6:2).

O primeiro princípio do evangelho é a fé no Senhor Jesus Cristo, a qual nos concede luz e força para vencermos os obstáculos da mortalidade e usarmos o arbítrio que Deus nos deu, escolhendo o tipo de comportamento que nos conduzirá a nosso destino eterno. Foi-nos prometido: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (I Coríntios 10:13).

Conclusão

A diferença entre o ponto de vista das evidências científicas e o da doutrina religiosa pode ser comparada à diferença entre o estudo de um automóvel pela observação de seu funcionamento, desmontando-o e analisando as várias partes, e a leitura do manual de utilização escrito pelo fabricante. Podemos aprender muito com a observação e a análise, mas o conhecimento do funcionamento e do potencial da máquina será apenas parcial. Ao estudar o manual escrito pelo fabricante, obteremos um conhecimento melhor e mais completo desse funcionamento e potencial. O manual de funcionamento de nosso corpo e de nossa alma são as escrituras, que foram escritas por Deus, nosso Criador, e interpretadas por Seus profetas. Essa é a melhor fonte de conhecimento acerca do propósito da vida, por meio da qual aprendemos as condutas e pensamentos que devemos cultivar para termos felicidade nesta vida e alcançarmos nosso destino divino.

Todos os que se debatem com os problemas da mortalidade podem identificar-se com o lamento do salmo de Néfi:

“Oh! Que homem miserável sou! Sim, meu coração se entristece por causa de minha carne; minha alma se angustia por causa de minhas iniquidades.

Estou cercado por causa das tentações e pecados que tão facilmente me envolvem!” (2 Néfi 4:17–18).

Para termos o desejo e a força de vontade para resistir ao pecado, devemos confiar em Deus e orar suplicando Sua ajuda. Néfi se regozijou no Senhor, de quem recebeu apoio e orientação em meio a suas aflições (ver 2 Néfi 4:20). “Por que eu cederia ao pecado por causa de minha carne?” perguntou Néfi (2 Néfi 4:27), suplicando em oração que o Senhor redimisse sua alma e o fizesse “tremer à vista do pecado” (2 Néfi 4:31).

As palavras finais de Néfi se aplicam perfeitamente àqueles que procuram encontrar o rumo em meio aos problemas mencionados neste artigo:

“Ó Senhor, confiei em ti e em ti confiarei sempre. Não porei minha confiança no braço de carne, pois sei que aquele que confia no braço de carne é maldito. Sim, maldito é aquele que confia no homem, ou seja, que faz da carne o seu braço.

Sim, sei que Deus dará com liberalidade ao que pedir” (2 Néfi 4:34–35).

O mesmo Deus que nos deu o mandamento de sermos perfeitos derramou Seu próprio sangue para dar-nos a oportunidade de cumprir nosso destino eterno. Sua confiança em nossa capacidade de alcançar a vida eterna é expressa neste incrível convite: “Que tipo de homens devereis ser? Em verdade vos digo que devereis ser como eu sou” (3 Néfi 27:27).

Notas

  1. Gospel Doctrine, 5.a ed., Salt Lake City: Deseret Book Co., 1939, p. 309.
  2. Declaração da Primeira Presidência, 31 de janeiro de 1912; publicado em Improvement Era, março de 1912, p. 417; ver também Millennial Star, 24 de agosto de 1922, p. 539.
  3. Lorenzo Snow, Millennial Star, 31 de agosto de 1899, p. 547; mencionado por Dallin H. Oaks, Pure in Heart (Salt Lake City: Bookcraft, 1988), pp. 61–62.
  4. Carta da Primeira Presidência, 14 de novembro de 1991.
  5. Ver D&C 76; mencionado em Dallin H. Oaks, “Apostasy and Restoration”, Ensign, maio de 1995, pp. 86–87.
  6. “An Easter Greeting from the First Presidency”, Church News, 15 de abril de 1995, p. 1.
  7. “Free Agency and Freedom”, Brigham Young University 1987–88 Devotional and Fireside Speeches (Provo: BYU Publications, 1988), pp. 46–47; a versão editada publicada aqui se encontra em Monte S. Nyman e Charles D. Tate, Jr., eds., The Book of Mormon: Second Nephi, The Doctrinal Structure (Provo: BYU Religious Studies Center, 1989), pp. 13–15.
  8. R. C. Lewontin and others, Not in Our Genes (New York: Pantheon Books, 1984); R. Hubbard e E. Wald, Exploding the Gene Myth (Boston: Beacon Press, 1993).
  9. R. C. Friedman and J. Downey, “Neurobiology and Sexual Orientation: Current Relationships”, Journal of Neuropsychiatry, volume 5 (1993), p. 149.
  10. Ibid.
  11. J. M. Bailey e R. C. Pillard, “A Genetic Study of Male Sexual Orientation”, Archives of General Psychiatry, volume 48 (1991), pp. 1089–1096.
  12. J. M. Bailey, R. C. Pillard, e outros, “Heritable Factors Influence Sexual Orientation in Women”, Archives of General Psychiatry, volume 50 (1993), pp. 217–223.
  13. D. Hamer e P. Copeland, The Science of Desire (New York: Simon & Schuster, 1994), p. 218.
  14. W. Byne e B. Parsons, “Human Sexual Orientation: The Biologic Theories Reappraised”, Archives of General Psychiatry, volume 50 (1993), p. 228.
  15. Dean Hamer e outros, “A Linkage Between DNA Markers on the X Chromosome and Male Sexual Orientation”, Science, volume 261(16 de julho de 1993), pp. 321–327.
  16. The Science of Desire, pp. 145–146.
  17. W. Byne, “The Biological Evidence Challenged”, Scientific American, maio de 1994, pp. 50, 55.
  18. Byne e Parsons, “Human Sexual Orientation”, pp. 236–237.
  19. Gordon B. Hinckley, “Reverence and Morality”, Ensign, maio de 1987, p. 47.
  20. Carta para Dallin H. Oaks, 3 de setembro de 1994.
  21. Entrevista na televisão com o Élder Dallin H. Oaks, 3 de dezembro de 1986; resposta não televisionada; trechos publicados em “Apostle Reaffirms Church’s Position on Homosexuality”, Church News, 14 de fevereiro de 1987, pp. 10, 12.
  22. Gordon B. Hinckley, “Reverence and Morality”, p. 47.